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Video mostra mulher sendo decapitada, e Facebook não retira gravação do ar

  A assessoria de imprensa do Facebook no Brasil já está sabendo do vídeo desde o final da tarde de hoje
facebook, vídeo chocante, decapitação, 450Um vídeo que mostra uma mulher sendo decapitada, publicado na tarde desta sexta-feira (26) por um usuário brasileiro do Facebook, está causando polêmica nas redes sociais por seu conteúdo violento. Mesmo após ser denunciada, a gravação não foi retirada do ar pela rede social.
Com duração de 59 segundos, o vídeo mostra uma mulher ajoelhada, de mãos atadas e de frente para a câmera.
Ela é segurada pelos cabelos por um homem de boné branco e que usa um capuz preto sobre o rosto.
O usuário que publicou o vídeo não indica o local nem a data de gravação. No entanto, é possível notar o carrasco falando espanhol e dizendo a palavra “Zetas”.
“Los Zetas” são um grupo mexicano de narcotraficantes, conhecido por perseguições, massacres e execuções violentas, dentre elas a decapitação.
Além do México, o grupo também atua em países da América Central, como a Guatemala.
O vídeo causou indignação em usuários das redes sociais. Nos comentários do próprio vídeo, enquanto alguns perfis perguntavam o motivo da crueldade, outros diziam concordar com o ato já que a mulher, supostamente, teria cometido outros crimes violentos.
No Twitter, o perfil @nanamelon questiona a publicação do vídeo. “Peitos: não pode. Decapitação: pode. Essas regras do Facebook são uma metáfora do mundo e do porquê ele tá essa b****”.
Quando o J1 assistiu ao vídeo, ele já tinha sido compartilhado 21 vezes e “curtido” por outras dez pessoas.
Facebook não retira vídeo do ar
A assessoria de imprensa do Facebook no Brasil já está sabendo do vídeo desde o final da tarde de hoje. No entanto, até a publicação desta reportagem, a gravação ainda não tinha sido retirada do ar.
Segundo comunicado oficial da empresa, por meio de sua assessoria, “as pessoas estão compartilhando este vídeo para condená-lo”.
A assessoria não confirmou ao J1 se o vídeo será retirado da rede social, mas declarou que: “Embora o vídeo seja chocante, nossa postura está fundamentada na preservação dos direitos das pessoas de descrever, representar e comentar sobre o mundo em que vivem”. Ao final, leia a nota completa do Facebook.
Uma das formas de retirar do Facebook um material com conteúdo ofensivo é por meio da denúncia dos usuários que se sentirem lesados.
O J1 denunciou o vídeo usando o mecanismo do próprio Facebook, mas recebeu como resposta a informação de que a denúncia tinha sido avaliada e que o vídeo “não foi removido” porque “não viola os Padrões da comunidade do Facebook em violência gráfica”.
Leia a resposta do Facebook à denúncia do J1:
“Agradecemos sua denúncia. Analisamos o vídeo denunciado, mas concluímos que ele não viola os Padrões da comunidade do Facebook em violência gráfica, incluindo sinais de danos a alguém ou a algo, ameaçadas à segurança pública ou roubo e vandalismo”.
Nota oficial do Facebook:
"As pessoas estão compartilhando este vídeo para condená-lo. Da mesma forma como programas jornalísticos na televisão usam imagens inquietantes mostrando atrocidades, as pessoas podem compartilhar vídeos inquietantes no Facebook com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre ações ou causas. Embora o vídeo seja chocante, nossa postura está fundamentada na preservação dos direitos das pessoas de descrever, representar e comentar sobre o mundo em que vivem."

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