Família acredita que outras pessoas podem estar envolvidas no crime Parentes dizem ter como desafio o recomeço da vida sem estudante.
A família da estudante Fernanda Ellen acredita que um aparelho celular e
R$ 20 podem ter motivado a morte da garota. “No momento o que passa na
mente da nossa família é um filme dos dias que vivemos ao lado de
Fernanda. Ela era uma menina mimada, gentil, educada, não tinha tempo
ruim para ela”, disse na manhã desta terça-feira (9) o tio de Fernanda
Ellen, Wellington Oliveira Cabral.
O corpo que a polícia acredita ser da estudante foi encontrado pela
polícia na noite da segunda-feira (8). Ela desapareceu há três meses. De
acordo com a polícia, Fernanda Ellen, de 11 anos, sumiu quando voltava
da escola, aonde tinha ido buscar o boletim escolar, no bairro Alto do
Mateus, em João Pessoa. Um vizinho confessou à polícia ter matado a estudante.
Segundo o tio de Fernanda Ellen, a família acredita que a menina foi
morta para que o roubo não fosse descoberto. “No dia em que desapareceu,
Fernanda vinha com um celular e a quantia de R$ 20. Então, ele roubou a
menina e a matou para que ela não descobrisse nada. A gente acredita
nisso firmemente”, disse Wellington Oliveira. Ainda não se sabe como a
estudante, que desapareceu por volta das 15h, entrou na casa do
suspeito, que mora a cerca de cinco metros da casa da família.
A prisão do suspeito aconteceu depois que familiares o acharam parecido
com o retrato falado produzido com base no depoimento de uma prostituta
que havia sido detida com o telefone celular de Fernanda e disse ter
recebido de um homem como pagamento.
O tio da estudante, Wellington Oliveira Cabral, afirmou ainda que o
local onde o suposto corpo da estudante será velado ainda não foi
definido. “Nós vamos esperar os procedimentos do IML [Instituto de
Medicina Legal] para que possamos pensar nisso”.
Wellington disse ainda que o que mais chocou a família foi o fato de a
garota ter sido assassinada pelo vizinho, que confessou o crime à
polícia. “Ele vinha na casa do meu irmão, não com muita frequência, a
filhinha dele brincava com Fernanda. Sinceramente, a dor de perdermos
Fernanda vem acompanhada com a revolta. Não conseguimos entender como
alguém é capaz de fazer uma coisa dessas”, declarou.
Wellington Oliveira Cabral afirmou que a família passou a desconfiar do
vizinho desde quinta-feira (7). “Ele teve uma mudança brusca de
comportamento. Quando via a gente, que mora bem vizinho, se escondia,
deixou de falar com Fábio [pai de Fernanda], vivia trancado com a
televisão em alto volume. O que chamou mais também a nossa a atenção foi
a companheira do acusado que deixou ele e só vinha trazer a comida. Nós
acreditamos que ela sabia de alguma coisa”.
Para o tio da garota, o grande desafio a partir de agora é retomar a
vida. “No momento, todos estamos perplexos, parece estarmos mergulhados
em um pesadelo. Desde que tivemos a certeza de que a nossa menina não
estava mais viva, passa um filme na nossa cabeça. Ela era uma menina
mimada, educada, gentil. Não tinha tempo ruim para ela. Abriu-se um
buraco na nossa família. Nesse momento, o que queremos é justiça, que a
polícia investigue se há mais alguém envolvido e que pague por isso”,
finalizou.
0 Comentários