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A miséria no Maranhão tem um nome: POLÍTICA

Poderíamos enumerar aqui vários culpados, mas isso também não vai mudar a realidade dos mais de 7 milhões de pessoas que ainda passam fome no Brasil, segundo dados do IBGE.

fomeNão foi por eu ter assistido à reportagem de ontem (23) no programa de rede nacional, Repórter Record Investigativo, que eu cheguei em diversas conclusões. Impressões e conclusões temos todos os dias, a cada detalhe que acontece à nossa volta, nas nossas ruas, cidades e país.
Pelos comentários na internet e em redes sociais, dá-se para perceber que muita gente assistiu ao programa de quase 1h de duração, que teve como tema “As misérias da estrada da fome” – onde, dos 5 munícipios mais miseráveis do Brasil, 4 estão entre as cidades do Maranhão: Belágua, Marajá do Sena, Fernando Falcão e Centro do Guilherme.
Fome, pobreza, miséria, casas de taipa, choro doloroso de crianças, pais dependentes de bolsa família, 3° idade sem qualidade de vida. Nesse caso, como chamar essa ‘idade’ de “melhor idade”?
O que está por trás de tanta pobreza? De quem é a culpa?
Poderíamos enumerar aqui vários culpados, mas isso também não vai mudar a realidade dos mais de 7 milhões de pessoas que ainda passam fome no Brasil, segundo dados do IBGE. O que precisamos é de solução, de conscientização, de educação e, acima de tudo, de representantes que realmente tenham vergonha na cara e estejam dispostos a assumir suas responsabilidades e trabalhem para o fim ao qual foram eleitos. Não, mas, infelizmente, estamos é longe de tudo isso.
Recursos têm e são repassados, isso tenho certeza. Caso contrário, os próprios prefeitos seriam os primeiros a abertamente denunciar o ‘esquecimento’ do governo federal. Mas, cadê? Onde estão os repasses federais para as políticas públicas das cidades? Onde os prefeitos aplicam tais verbas?
Bom, nesse caso, não é muito difícil detectar de quem é a maior culpa pela miséria nas cidades: PROBLEMA DE GESTÃO. Problema pela irresponsabilidade e cara de pau de tantos gestores que estão preocupados com tudo, menos com serviços básicos de direito da sociedade.
Outros podem dizer que a maior culpa por tantas famílias comedoras apenas de farinha com água são deles próprios, por permanecerem elegendo governantes que são declaradamente corruptos. Eu discordo!
Prova disso, é que de acordo com informações citadas na reportagem pelo Procurador do Ministério Público Federal, o Maranhão figura entre os estados onde existem maiores casos de corrupção. Culpa de quem? Culpa dos gestores municipais que desviam até recursos para mães grávidas e desnutridas.

Não que eu defenda o voto ‘errado’. Mas como uma família de 8 pessoas, geralmente analfabeta, muitas vezes sem esclarecimentos, passando fome todos os dias, não se rende a 50 ou 100 reais para saciar a fome – nem que seja do dia -, oferecido por um ser aproveitador da triste oportunidade?
Ainda segundo a reportagem, tem prefeito de cidade citada que nem mora no município, a exemplo do prefeito Adalberto Rodrigues (PT), de Belágua.
O Brasil precisa de mudança. Infelizmente estamos reféns de uma política suja, corrupta e que mata.
A mudança só vem, de fato, se for através de cada um de nós. Da nossa consciência e das nossas iniciativas, só assim vamos alcançar cada vez mais pessoas.
Não apenas o Maranhão, mas o Brasil precisa de educação, de conscientização e de punições para corrupções declaradamente comprovadas.


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