Confusão ocorreu durante protesto por gratuidade em transporte público.Ônibus foram pichados e polícia chegou a usar spray de pimenta.
Após saírem do Lyceu Paraibano, escola da rede estadual onde aconteceu a
concentração do protesto, os estudantes dizem que os policiais
militares da Força Tática tentaram impedir a manifestação. “Foi nesse
momento que resolvemos radicalizar: nós pichamos alguns ônibus e
tentamos fechar algumas ruas. A Polícia Militar agiu de maneira muito
truculenta. Agrediu alguns companheiros com cacetetes e sprays de
pimenta”, contou o diretor de eventos do grêmio estudantil do Lyceu
Paraibano, Heráclito Targino.magens ao lado mostram o momento em que um policial usa o spray de pimenta durante o confronto.
O capitão Clecitoni Francisco, comandante da Força Tática da Polícia
Militar, explicou que após a ação de pichação de ônibus, dois estudantes
que estavam na organização do protesto foram encaminhados para 2ª
Delegacia Distrital, em Cruz das Armas, para prestarem esclarecimentos.
Um outro estudante que foi flagrado tentando jogar pedras em um carro da
PM também foi levado para a delegacia. Ainda segundo o capitão, não
houve confronto direto entre a Força Tática e os manifestantes.
Segundo a polícia, participaram do evento cerca de 5 mil estudantes de
escolas como Olivina Olívia e Burity. Durante toda a manhã desta
quarta-feira, o trânsito nas proximidades do Parque Solón de Lucena
ficou bastante complicado. Os agentes de mobilidade da Superintendência
de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob) foram acionados para
disciplinar o tráfego na área.
Os estudantes pretendiam ir em passeata até a Assembleia Legislativa da
Paraíba, onde tinham a esperança de ser recebidos por algum deputado.
“O nosso movimento, o Passe Livre Já, é pacífico, mas não pretendíamos
sair de lá sem pelo menos uma promessa”, afirmou Heráclito Targino,
diretor do grêmio estudantil, que promoveu a manifestação.
“Em estados como São Paulo e Rio de Janeiro, a gratuidade já é um fato
concreto, por que na Paraíba não pode ser? Vamos até a Assembleia e
esperamos ser recebidos por alguém, caso contrário pretendemos
radicalizar o nosso movimento”, explicou Heráclito Targino.
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